Mesmo em queda, mortes por Covid-19 no Brasil ainda superam 2ª onda na Europa

O número de mortes por Covid-19 no Brasil tem caído há semanas, mas em outubro ainda morrem mais pessoas neste país sul-americano de 212 milhões de habitantes do que na União Europeia, que tem 447 milhões de habitantes, conta com uma população mais velha e enfrenta uma segunda onda da pandemia.

Considerado os dados dos países da União Europeia, do Brasil e do Reino Unido, um levantamento do Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) aponta que o Brasil é o terceiro com o maior número de mortes por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas.

Por outro lado, há uma questão em voga: a segunda onda de Covid-19 está matando menos.

Desde o início da pandemia, a Covid-19 matou pelo menos 153 mil pessoas no Brasil e 151 mil na União Europeia, incluindo o Reino Unido, onde morreram 44 mil.

Praticamente todo dia algum país da Europa anuncia novas medidas mais restritivas para conter a pandemia.

Em meio à segunda onda, algo que tem chamado a atenção de especialistas é o fato de que a alta recente no número de casos não tem sido acompanhada por um aumento proporcional das mortes e das entradas de pacientes em hospitais.

Outra é que grande parte dos novos casos na Europa estão ligados aos jovens, e, por consequência, a tendência de quadros graves e mortes se torna menor.

Fala-se ainda em cuidados mais rigorosos com a população idosa, que somou metade das mortes pela doença na primeira onda da pandemia na Europa.

Especialistas afirmam, no entanto, que ainda é cedo para celebrar uma segunda onda mais branda da doença e que nada garante que os hospitais não ficarão lotados em breve no continente europeu.

Há sinais, inclusive, de uma segunda onda de casos em estados que já haviam superado um pico, como o Amazonas

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta em seu mais recente relatório semanal sobre a Covid-19 no país que estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná têm alta probabilidade de estarem em tendência de queda