O anúncio do presidente Donald Trump de que quer reunir uma espécie de “G10 ou G11†em setembro, sem mencionar o Brasil, representa um retrocesso constrangedor à posição brasileira na governança global, uma espécie de rebaixamento para a segunda divisão da ordem internacional.
No sábado, Trump disse a jornalistas que adiou de junho para setembro o encontro de cúpula do G-7, no qual ele pretendia reunir nos EUA os lÃderes das principais economias desenvolvidas (EUA, Alemanha, Japão, França, Reino Unido, Canadá e Itália).
A novidade é que Trump agora quer convidar também Rússia, Coreia do Sul, Austrália e Ãndia para o evento.
Apesar da relação quase carnal que Bolsonaro quer ter com Trump, o presidente americano parece mais focado em outros paÃses nesse caso.
Em termos de participação global, antes da grande crise financeira global de 2008-09, o Brasil foi convidado por alguns anos pelos paÃses do G7 para participar de uma parte dos encontros de cúpula das maiores economias desenvolvidas.
Pode-se até argumentar que, se não ser convidado para o dito G11 de Trump, o governo Bolsonaro evita o constrangimento na relação com a China, principal comprador dos produtos agrÃcolas brasileiros.
A percepção que vai prevalecer é mesmo de que o governo Bolsonaro terá ficado de fora de uma reunião internacional importante, para a qual Trump convidou alguns amigos